Josué Ferreira do Carmo, chefe de transportes da Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente (Semepp). Engana-se quem pensa que ele sempre ocupou este cargo. Manguito, como é conhecido há anos, também já foi atleta, auxiliar técnico de atletismo e futebol, e técnico de futebol. Formado em Educação Física pela Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – campus de Prudente, desde 1975 participa de Jogos Regionais, como atleta ou parte da delegação prudentina. Ele conta a maior gafe que já cometeu quando participava da competição no atletismo.“Todo ano os Regionais são uma novidade. Antigamente não era diferente. A minha primeira corrida foi na prova de 100 metros. Entrei na pista descalço e fiquei em penúltimo lugar. Vendo isso, meu técnico, resolveu que eu poderia correr também nos 800m. Naquela época, o técnico ficava no alambrado. Então eu fui correr e no meio da prova já estava muito cansado, então ouvi meu técnico gritando: ‘– encosta, encosta!’. Quando eu encostei no alambrado para conversar com ele, perdi muito tempo da corrida. Só depois ele foi me explicar que era pra eu encostar no adversário, para não desistir e correr mais. Eu podia ter pontuado nesta corrida. Então quer dizer: cada modalidade é uma linguagem diferente. Isso complica um pouco. Essa foi a maior gafe que cometi”, conta aos risos. “Antigamente, já vi muitas fraudes em provas. Acredito que hoje isso não ocorra mais”, complementa.Ele acredita que atualmente os Jogos Regionais “estão mais modernos”. “Na minha época os Regionais eram bem rústicos. Não tínhamos acompanhamentos técnicos e médicos. Hoje os atletas têm de tudo. Antes nós mesmos tínhamos que buscar recursos. Para se ter uma ideia, no salto com vara, à vara era de bambu. No caso da sapatilha tínhamos que emprestar um do outro. E assim íamos competindo”, comenta.Ao recorrer às lembranças do passado, Manguito faz questão de ressaltar que antigamente ocorria uma competição só entre as meninas. Era o concurso Miss Jogos Regionais. “Eventos como esse dentro dos Jogos, era importante. Por ser uma festa, se tornava uma interação entre os jovens. A rivalidade de antigamente era mais gostosa, mais saudável”, observa, acrescentando ainda o apoio da família na competição atual.“Hoje a família acompanha mais seus parentes nas competições. Acho importantíssima a presença dos pais, mesmo porque motiva o atleta. O filho se sente mais seguro com o apoio moral dos pais”, enfatiza. Diz ainda que os Regionais motiva o ingresso de mais jovens no esporte. “As pessoas que hoje estão no esporte, um dia foram motivadas. Então acredito que aqui na nossa cidade, muitos jovens vão entrar numa escolinha por assistirem uma partida de alguma modalidade”, pontua.O educador físico fala que além de fomentar o comércio, os Regionais dará a oportunidade para que pessoas de fora conheçam os atrativos da cidade. “Temos aqui grandes atrativos para serem visitados. O Parque Ecológico Cidade da Criança, Parque do Povo, shoppings, entre outros. Tem muitas cidades da região que nem shopping tem, então acredito que os Jogos aqui darão oportunidades para esses jovens conhecerem várias coisas que talvez não tenham na cidade a qual representa”, salienta.O chefe de transportes fala ainda sobre o empenho da atual administração para possibilitar uma estrutura esportiva de qualidade. “Posso dizer que somos cartão de visita em termos de estrutura aqui na região. Vou a muitas cidades, e em relação a várias posso dizer sem sombra de dúvidas que vamos sediar os Jogos com excelência, sobressaindo em relação às outras”, aponta. Por fim, garante que a delegação anfitriã vai brigar pelo título. “Trabalhamos aqui com atletas de base, tem cidades que compram equipes inteiras. Temos como exemplo Marília, que só possui equipes compradas. Em algumas modalidades vamos bater de frente sim. Até porque, tem cidades que estão fugindo de nós em algumas modalidades. Marília está fugindo de nós também. Tem modalidades que participamos no Sub-21 e Marília vai para outra categoria, e vice-versa”, expõe.
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