O promotor de Justiça Paulo Castilho, do Ministério Público Estadual (MPE), classificou como "um absurdo" o confronto entre policiais militares e palmeirenses no clássico entre Palmeiras e Corinthians, no domingo (28), em Presidente Prudente. Em nota oficial divulgada nessa segunda-feira (29), a principal torcida organizada do Verdão, Mancha Alviverde, culpou a polícia pelos disparos, que atingiram dois torcedores. O promotor garante fazer o possível para que o caso não caia no esquecimento.Segundo o último boletim médico divulgado pelo Hospital Regional (HR) às 11h desta terça-feira (30), Lucas Alves Lezo, 21, atingido por um dos disparos na perna, recebeu alta pela manhã. Já Roberto Vieira de Castro Filho, 21, permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. O HR fornecerá novo boletim às 16h30. Caso seja confirmado que os tiros partiram de armas calibre 12, munição de uso restrito da PM, os policiais seriam apontados como principais suspeitos. A Polícia Militar não descarta que os tiros possam ter partido da corporação. Um inquérito foi instaurado para apurar o responsável pelos disparos."Se o tiro saiu de um policial, é um absurdo. Não justifica um policial militar dar um tiro de calibre 12 em um torcedor, é despreparo. O caso não vai cair no esquecimento. Vou levar esse problema para o procurador geral da República, Fernando Grella Vieira, para que ele designe um promotor para acompanhar o caso em Presidente Prudente", diz Castilho, em entrevista ao LanceNet.Através de um comunicado publicado em seu site oficial, a principal torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Alviverde, culpou a PM pela confusão. Segundo a facção, tiros de armas letais foram disparados pelos policiais - ao invés de projéteis de borracha - por ordem do major responsável pelo policiamento. Além disso, os torcedores do Palmeiras estavam no lugar previamente determinado e não houve qualquer confronto com a torcida do Corinthians."Como o fato ocorreu em Presidente Prudente, o caso é com o promotor de lá. Vamos manter contato, apurar de onde saiu esse tiro. Se foi de policial, é muito grave, ele teria de responder perante a justiça militar e comum. Não tem sentido, em um jogo de futebol, onde estão os torcedores, alguém fazer uso de arma de fogo. Sou contra até mesmo de arma não letal", conclui o promotor. (Com LanceNet)
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