Com apenas um jogo no Paulista, prudentina é convocada para Seleção

Laisy durante treinamento físico em Pinheiral, no Rio de Janeiro, antes do Sul-Americano Sub-20 disputado no Uruguai, quando o Brasil foi hexacampeão (Foto: Rafael Ribeiro / CBF / Divulgação)

Foi apenas um jogo pelo América de São Manoel no Campeonato Paulista, mas o suficiente para a prudentina Laisy Scardazzi, 19 anos, ser lembrada pelo técnico Adilson Santos em mais uma convocação da seleção brasileira Sub-20. A equipe de base canarinho se prepara para a disputa do Mundial da categoria no Canadá, entre os dias 5 e 24 de agosto. 

A apresentação para a primeira etapa de treinamentos está prevista para o dia 17 de março. Além da prudentina, outras 27 jogadoras foram convocadas, sendo que 14 delas estiveram no grupo que conquistou o hexacampeonato sul-americano este ano, no Uruguai.

Laisy conta que recebeu com surpresa a sua convocação, já que após a eliminação da Copa do Brasil pelo Foz Cataratas este ano, a atleta deixou o clube paranaense e passou a denfender o América de São Manoel, do interior de São Paulo, onde jogou até agora apenas uma partida. 

- Recebi uma ligação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e fiquei muito surpresa porque joguei apenas uma vez pelo América. Deu um sentimento de que querem contar comigo e lembram de mim. Meu atual treinador, Edson Castro, ficou muito feliz e orgulhoso, já que comecei com ele e aprendi muito nos dois anos que aqui (América) treinei. É muito bacana poder voltar ao clube que comecei e sendo convocada para a Seleção, é melhor ainda.

Esta é a segunda vez que a atleta é convocada. A primeira ocorreu no ano passado, quando o grupo se preparava para a disputa do sul-americano, porém, a atleta acabou não figurando na lista final e ficou fora da competição. 

Otimista com mais uma chance, Laisy traça alguns objetivos dentro do selecionado brasileiro e sonha em conquistar títulos.

- Quero primeiro conquistar o meu espaço lá dentro, mostrar um bom futebol e garantir minha vaga para o Mundial. Ser campeã vestindo a camisa da Seleção e representando o meu país seria um grande sonho. Como na outra convocação, não tive muito tempo de mostrar o meu pontencial, o sentimento é de uma nova chance e com mais responsabilidade.

Conhecedora das dificuldades enfrentadas pelas mulheres no futebol feminino, a prudentina elenca algumas jogadoras que servem de inspiração em sua carreira. 

- Em qualquer profissão chegar a algum lugar é muito difícil, mas no futebol feminino é bem mais complicado. Tenho como espelho a Marta (melhor jogadora do mundo por cinco vezes), Formiga, Rosana, Debinha, Gabi Zanotti e a Érica - finaliza.