terça-feira, 12 de maio de 2015

Vôlei da Wilson/Tênis/Semepp conta com profissional de psicologia.

Thays atendendo a ponteiro Fernanda Risco 

Thays se formou em psicologia em 2014 na Unoeste

A equipe de voleibol feminino da Wilson/Tênis/Semepp de Presidente Prudente, que se prepara para a estréia no Campeonato Paulista Sub-21,  conta hoje  com os serviços de  um profissional  muito importante, a de uma psicóloga. Trata-se da Prudentina, Thays Mayara Alli de Andrade, de 22 anos.
Formada em psicologia no mês de dezembro de 2014, na Universidade do Oeste Paulista, a Unoeste,  Thays é apaixonada pelo esporte. “Sou apaixonada pelo esporte quanto tanto a profissão que escolhi exercer, e por que não juntas as duas paixões?”, contou a psicóloga. E foi pensando no esporte, que ela resolveu ingressar na psicologia do esporte. Antes de se formar ela estagiou na equipe de basque sobre rodas da Adapp/Semepp e na própria equipe de vôlei de Prudente.
“Após minha formação, o técnico da equipe de vôlei, Marcelo Lorençoni  me convidou para fazer parte da equipe, uma oportunidade que estou tendo para praticar esta profissão que está se expandindo cada vez mais. Como toda aprendizagem deve ser constante estou dedicando meus estudos nesta área. Este mês começo um curso de formação em Psicologia do Esporte em São Paulo.”, conta Andrade.
Ainda de acordo com ela, muitos não conhecem ou conhecem pouco sobre esta área que é a Psicologia do Esporte, pois tudo nesta área é relativamente novo no Brasil, e o campo de atuação por enquanto é limitado. “É um estudo cientifico de comportamento das pessoas em contextos esportivos.    Não lida somente com questões do atleta, mas com o psicológico do técnico e demais membros da comissão técnica, no sentido de colaborar com a sapúde e o equilíbrio emocional deste. Lida com todo o meio que o atleta está inserido”, diz Thays.

Para Samulski o Psicólogo do Esporte deve desempenhar três papeis principais: Conduzir pesquisas, ensinar e atuar com intervenções/consultoria. O que se refere a intervenções o Psicólogo realiza programas de treinamentos psicológicos , assim como por medidas psicológicas de aconselhamento e acompanhamento, o Coaching e o Counselling. Um tem como escopo influenciar atletas como indivíduos e equipes para realizarem suas capacidades máximas de rendimento na competição, o outro, ajudar os técnicos e desportistas a entender e solucionar seus problemas psicológicos e sociais.

“O meu trabalho não se faz diferente, auxilio o técnico na resolução de conflitos existentes, e demandas que surgem no decorrer dos treinos, trabalho em uma equipe multidisciplinar onde um e o outro entra em acordo sobre o que fazer, e como fazer. As questões são discutidas e analisadas, para posteriormente a tomada de decisão ser feita. Conto com a ajuda de uma estagiária de psicologia da Unoeste.

No que diz respeito às atletas, eu as vejo como ser humano em ação, sempre em transição; Um atleta se depara com diversidades no contexto esportivo, são elas, a ansiedade, o medo, insegurança, frustração, e que atrapalham o seu rendimento. Sabemos então, que o preparo psicológico se faz necessário tanto quanto o preparo tático, técnico e físico, a idéia que o corpo e mente não é um só tem que ser desmistificada, eu falo sempre que “o cérebro é músculo e precisa ser treinado.” Treine este músculo. Não adianta o corpo está preparado, e a mente não, por isso muitas vezes vocês se questionaram a respeito de um atleta que estava fisicamente preparado, e que se preparou durante meses e na hora da competição não conseguiu fazer nada, as emoções negativas falaram mais alto e o dominou, e ele não sabia como controlá-las”, explicou a psicóloga.  

O trabalho com a equipe da Wilson/Tênis/Semepp é feito duas vezes por semana, terça e quinta-feira de manhã, antes treino, no ginásio de esportes do Tênis Clube. “No início o trabalho foi conhecer as atletas, entrevistá-las e saber um pouco da trajetória de cada um antes de chegarem aqui, conversei individualmente, depois o trabalho passa a ser grupal, priorizo a formação de equipe, não se pode pensar em voleibol, sem pensar em um trabalho conjunto, onde um precisa do outro para se chegar a um resultado, não se ganha nem se perde sozinho, somos uma equipe, e o meu trabalho iniciou-se na harmonização e integração desta equipe, e também o acolhimento e adaptação das atletas, já que muitas são de longe, muito longe”, relata Thays.

Atualmente ela está  trabalhando com preparação das habilidades psicológicas, para uma melhor performance e otimização de resultados. Observa os  treinos, para identificar comportamentos inadequados, e como uma Psicóloga cognitivo-comportamental trabalho com pensamentos disfuncionais, emoções e comportamentos que deles derivam, fazendo com que a atleta identifique primeiramente estes pensamentos para tentarmos modificá-los a fim de torná-los funcionais através de técnicas utilizadas desta abordagem.

“Para minimizar sintomas, como o da ansiedade que muitas vezes surgem como físicos, faço uso de respiração e relaxamento, técnicas que servem tanto como ativadoras como sedativas, depende como você as usa e em que momento. Não faço meu trabalho pensando em vitória, o psicólogo não deve se limitar a isso, eu priorizo o bem estar dos atletas, e faço com que eles se doem, e dêem o melhor, a vitória é só conseqüência disso.  Traçamos juntas metas e submetas para este ano, para pautar nosso trabalho em um objetivo, e nunca perdemos o foco, pois é essencial na vida de um atleta. Saber o que fazer e porque quer fazer”, finalizou a psicóloga da Wilson/Tênis/Semepp.

O técnico Marcelo Lorençoni afirma que o trabalho da psicóloga é muito bem recebido pelas atletas. “Anos passados tivemos a presença de estagiarios em psicologia dentro de nosso trabalho, sempre aproveitamos as interferencias para ajudar a evolução da equipe. Em 2014,  nao foi diferente. Ainda como aluna do ultimo ano da faculdade de psicologia, a Thays Alli, desenvolveu trabalho de dois meses com nossa equipe, e gostamos muito dos resultados. Ficamos sabendo que ela se formou e resolveu seguir na parte da psicologia esportiva, adentrando em uma pós graduação  na cidade de São Pàulo, o que nos levou a fazer uma proposta de trabalho para a mesma nessa temporada. No ano passado tinhamos um encontro semanal com ela e  ese ano são dois encontros semanais de uma hora cada e quando necessario encontros individuais. Espero que ela atue melhor que ano passado e ajude ainda mais no desempenho da equipe. Nesta temporada, a Thays  tem demosntrado segurança e participou efetivamente na contratação das meninas.”, contou Lorençoni. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário