Thays atendendo a ponteiro Fernanda Risco
Thays se formou em psicologia em 2014 na Unoeste
A equipe de
voleibol feminino da Wilson/Tênis/Semepp de Presidente Prudente, que se prepara
para a estréia no Campeonato Paulista Sub-21,
conta hoje com os serviços
de um profissional muito importante, a de uma psicóloga.
Trata-se da Prudentina, Thays Mayara Alli de Andrade, de 22 anos.
Formada em
psicologia no mês de dezembro de 2014, na Universidade do Oeste Paulista, a
Unoeste, Thays é apaixonada pelo
esporte. “Sou apaixonada pelo esporte quanto tanto a profissão que escolhi
exercer, e por que não juntas as duas paixões?”, contou a psicóloga. E foi
pensando no esporte, que ela resolveu ingressar na psicologia do esporte. Antes
de se formar ela estagiou na equipe de basque sobre rodas da Adapp/Semepp e na
própria equipe de vôlei de Prudente.
“Após minha
formação, o técnico da equipe de vôlei, Marcelo Lorençoni me convidou para fazer parte da equipe, uma
oportunidade que estou tendo para praticar esta profissão que está se
expandindo cada vez mais. Como toda aprendizagem deve ser constante estou
dedicando meus estudos nesta área. Este mês começo um curso de formação em
Psicologia do Esporte em São Paulo.”, conta Andrade.
Ainda de acordo com ela, muitos não conhecem ou conhecem
pouco sobre esta área que é a Psicologia do Esporte, pois tudo nesta área é
relativamente novo no Brasil, e o campo de atuação por enquanto é limitado. “É
um estudo cientifico de comportamento das pessoas em contextos esportivos. Não
lida somente com questões do atleta, mas com o psicológico do técnico e demais
membros da comissão técnica, no sentido de colaborar com a sapúde e o equilíbrio
emocional deste. Lida com todo o meio que o atleta está inserido”,
diz Thays.
Para Samulski o Psicólogo do Esporte deve desempenhar três papeis principais: Conduzir pesquisas, ensinar e atuar com intervenções/consultoria. O que se refere a intervenções o Psicólogo realiza programas de treinamentos psicológicos , assim como por medidas psicológicas de aconselhamento e acompanhamento, o Coaching e o Counselling. Um tem como escopo influenciar atletas como indivíduos e equipes para realizarem suas capacidades máximas de rendimento na competição, o outro, ajudar os técnicos e desportistas a entender e solucionar seus problemas psicológicos e sociais.
“O meu
trabalho não se faz diferente, auxilio o técnico na resolução de conflitos
existentes, e demandas que surgem no decorrer dos treinos, trabalho em uma
equipe multidisciplinar onde um e o outro entra em acordo sobre o que fazer, e
como fazer. As questões são discutidas e analisadas, para posteriormente a
tomada de decisão ser feita. Conto com a ajuda de uma estagiária de psicologia
da Unoeste.
No que diz
respeito às atletas, eu as vejo como ser humano em ação, sempre em transição;
Um atleta se depara com diversidades no contexto esportivo, são elas, a
ansiedade, o medo, insegurança, frustração, e que atrapalham o seu rendimento.
Sabemos então, que o preparo psicológico se faz necessário tanto quanto o
preparo tático, técnico e físico, a idéia que o corpo e mente não é um só tem
que ser desmistificada, eu falo sempre que “o cérebro é músculo e precisa ser
treinado.” Treine este músculo. Não adianta o corpo está preparado, e a mente
não, por isso muitas vezes vocês se questionaram a respeito de um atleta que
estava fisicamente preparado, e que se preparou durante meses e na hora da
competição não conseguiu fazer nada, as emoções negativas falaram mais alto e o
dominou, e ele não sabia como controlá-las”, explicou a psicóloga.
O trabalho com
a equipe da Wilson/Tênis/Semepp é feito duas vezes por semana, terça e quinta-feira
de manhã, antes treino, no ginásio de esportes do Tênis Clube. “No início o
trabalho foi conhecer as atletas, entrevistá-las e saber um pouco da trajetória
de cada um antes de chegarem aqui, conversei individualmente, depois o trabalho
passa a ser grupal, priorizo a formação de equipe, não se pode pensar em
voleibol, sem pensar em um trabalho conjunto, onde um precisa do outro para se
chegar a um resultado, não se ganha nem se perde sozinho, somos uma equipe, e o
meu trabalho iniciou-se na harmonização e integração desta equipe, e também o
acolhimento e adaptação das atletas, já que muitas são de longe, muito longe”,
relata Thays.
Atualmente ela está trabalhando com preparação das habilidades psicológicas, para uma melhor performance e otimização de resultados. Observa os treinos, para identificar comportamentos inadequados, e como uma Psicóloga cognitivo-comportamental trabalho com pensamentos disfuncionais, emoções e comportamentos que deles derivam, fazendo com que a atleta identifique primeiramente estes pensamentos para tentarmos modificá-los a fim de torná-los funcionais através de técnicas utilizadas desta abordagem.
“Para
minimizar sintomas, como o da ansiedade que muitas vezes surgem como físicos,
faço uso de respiração e relaxamento, técnicas que servem tanto como ativadoras
como sedativas, depende como você as usa e em que momento. Não faço meu
trabalho pensando em vitória, o psicólogo não deve se limitar a isso, eu
priorizo o bem estar dos atletas, e faço com que eles se doem, e dêem o melhor,
a vitória é só conseqüência disso. Traçamos
juntas metas e submetas para este ano, para pautar nosso trabalho em um
objetivo, e nunca perdemos o foco, pois é essencial na vida de um atleta. Saber
o que fazer e porque quer fazer”, finalizou a psicóloga da Wilson/Tênis/Semepp.
O técnico
Marcelo Lorençoni afirma que o trabalho da psicóloga é muito bem recebido pelas
atletas. “Anos
passados tivemos a presença de estagiarios em psicologia dentro de nosso
trabalho, sempre aproveitamos as interferencias para ajudar a evolução da
equipe. Em 2014, nao foi diferente.
Ainda como aluna do ultimo ano da faculdade de psicologia, a Thays Alli,
desenvolveu trabalho de dois meses com nossa equipe, e gostamos muito dos
resultados. Ficamos sabendo que ela se formou e resolveu seguir na parte da
psicologia esportiva, adentrando em uma pós graduação na cidade
de São Pàulo, o que nos levou a fazer uma proposta de trabalho para a mesma
nessa temporada. No ano passado tinhamos um encontro semanal com ela e ese ano são dois encontros semanais de uma hora
cada e quando necessario encontros individuais. Espero que ela atue melhor que
ano passado e ajude ainda mais no desempenho da equipe. Nesta temporada, a
Thays tem demosntrado segurança e
participou efetivamente na contratação das meninas.”, contou Lorençoni.
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