Em Moscou, no Mundial, Jorginho e Jeferson Sabino, do salto triplo (Foto: Arquivo pessoal / Jorginho)
Jorginho ao lado do também prudentino Claudinei Quirino, em Moscou (Foto: Arquivo pessoal / Jorginho)
Massagista prudentino se divide entre seleção de atletismo e Grêmio-PP (Foto: Arquivo pessoal / Jorginho)
Jorginho com as atletas Franciele Krasuscki e Gisele Lima, no Sul-Americano (Foto: Arquivo pessoal / Jorginho)
Conforme Jorginho, seu primeiro trabalho na seleção brasileira veio em 2005 (Foto: Arquivo pessoal / Jorginho)
A
carreira como massagista profissional começou em 1986. Formado em educação
física, o prudentino Jorge Antônio Lima, 48 anos, iniciou na extinta equipe de
basquete Matilde Zacarias. Após passar em um concurso público em Presidente
Prudente, ele recebeu o convite para trabalhar na Secretaria de Esportes, onde
exerceu a função em várias competições como Jogos Regionais, Jogos do Interior,
Campeonato Paulista e Brasileiro. Atualmente ele é massagista da seleção
brasileira de atletismo e das categorias de base do Grêmio Prudente.
Jorginho,
como é conhecido, se orgulha em ter trabalhado com medalhistas olímpicos que
treinavam em Prudente, alguns até que conquistaram medalhas de prata nas
Olimpíadas de Sidney, em 2000.
– Eu vivia o dia a dia deles e foi
muito prazeroso, mesmo não estando lá, acompanhar aquela conquista. Na época eu
era massagista da cidade e trabalhei com o Claudinei Quirino, Edson Luciano,
Vicente Lenilson e o André Domingos. Foi um momento único – conta.
O primeiro trabalho na seleção
brasileira veio em 2005, quando Jorginho foi convidado para acompanhar a equipe
juvenil, que na época competiu em Rosário, na Argentina. Na equipe de
atletismo profissional o primeiro trabalho veio em 2006, no preparatório da
Seleção.
Um ano depois veio a primeira viagem
com o time principal do país, no Mundial de Atletismo do Japão, algo que o
massagista se orgulha em contar.
– Foi muito especial. Eu nunca havia
trabalhado com a equipe principal do Brasil e tive a oportunidade de ir logo
para o outro lado do mundo. Ser massagista é muito bacana, mas as viagens são
mais especiais ainda. Não tem preço.
Ao longo de oito anos como
massagista dos brasileiros, Jorginho já trabalhou com os principais atletas do
país, dentre eles Jadel Gregóro e a campeã mundial no salto com vara, Fabiana
Murer. Durante dois anos morou e trabalhou no Centro de Atletismo de Uberlândia
(MG), um dos polos da confederação brasileira.
Casado e pai de um menino de 10
anos, atualmente ele se divide entre ser massagista da equipe de atletismo e da
base do Grêmio Prudente. Como massagista no futebol, ele ressalta a diferença
entre as modalidades.
– É muito diferente. Fui convidado
para trabalhar com a molecada e já estou no terceiro ano. Mas tem uma grande
diferença, porque no futebol eu trabalho bem menos. Os meninos tem os horários
cronometrado e pouca massagem de relaxamento. Já no atletismo é bem mais
intenso o trabalho, principalmente pelo fato de os treinamentos serem bem mais
pesados e com isso requer muita massagem relaxante. Bem lá no fundo, prefiro o
atletismo.
Assim como alguns treinadores e
atletas da modalidade, o massagista destaca a falta de incentivo financeiro aos
profissionais do esporte e ainda segundo ele, falta um pouco mais de atenção
por parte dos governos municipal, estadual e federal.
- Eu vejo que na nossa região tem
pouco incentivo para o atletismo, e não só aqui, mas em todo o país. Poderia
ser bem melhor, ainda mais se os governos dessem um pouco mais de atenção.
Atualmente, nas escolas não se trabalha o atletismo e os professores ensinam
pouco sobre o esporte. É uma pena.
Perguntado sobre um sonho que ainda
não realizou, Jorginho disse que conta as horas para poder trabalhar em uma
olimpíada.
– Espero por esta oportunidade
há muito tempo. Mas se tudo ocorrer bem, vou poder realizar meu sonho de
trabalhar numa olimpíada e vai ser no Brasil, em 2016.
Por Ronaldo Nascimento – globoesporte.com/tvfronteira
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