sexta-feira, 22 de junho de 2018

"Em paz", velocista prudentino fala sobre expectativa de receber bronze olímpico

Vicente Lenílson e Asafa Powell na disputa em pista chinesa (Foto: Jonne Roriz/Agência Estado)

Bruno Lins passa o bastão para Vicente Lenílson (à dir), em Pequim - 2008 (Foto: Jonne Roriz/Agência Estado)

Codó (à dir.) e Bruno (à esq.) integravam a equipe de 2008 (Foto: TV Clube)

"Em paz", velocista prudentino fala sobre expectativa de receber bronze olímpico

O sonho (ou drama) brasileiro de ser medalha de bronze nos Jogos Olímpico de Pequim, em 2008, terminou de forma feliz e com mais um capítulo marcante para o atletismo de Presidente Prudente.

Após 10 anos, a equipe brasileira do revezamento 4x100m, então formada por Bruno Lins, José Carlos Moreira, o Codó, Sandro Viana e Vicente Lenílson, foi confirmada como dona da medalha de bronze, após uma batalha judicial que se travou, motivada pela revelação do doping de um atleta da Jamaica, que na oportunidade foi medalha de ouro.

Desta equipe do Brasil, Bruno, Codó e Vicente treinavam em Prudente, local onde os dois primeiros ainda mantém suas atividades, em busca de novos pódios e aguardando de forma ansiosa pelo momento de receber a medalha olímpica.

– A confirmação trouxe um alívio enorme. É muito bom sair daquela incerteza, se a medalha seria ou não do Brasil. Graças a Deus, agora, estamos em paz – disse Codó, que voltou aos treinos há cerca de três, após ficar praticamente um ano parado, por questões familiares.

No fim de maio, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) recusou a apelação dos jamaicanos, que não têm mais como recorrer. A revelação do doping havia sido feita pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em janeiro de 2017.

O próximo passo dos prudentinos é aguardar o pronunciamento oficial do COI e, na sequência, decidirem onde e de que forma querem receber a medalha. Algumas ideias foram cogitadas, como uma cerimônia especial em alguma entidade ligada à modalidade, também no Pan-Americano ou no Mundial da modalidade, ambos em 2019, ou até mesmo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2020.

– Nenhuma das ideias avançou muito em relação às outras. Vamos com uma coisa por vez, então, agora esperaremos o pronunciamento oficial para depois definirmos isso. Mas acredito que todos queiram receber o mais rápido possível e em uma cerimônia parecida com a dos Jogos Olímpicos – disse também Codó.

A previsão é que a definição dos atletas seja feita apenas na segunda semana de julho, após o pronunciamento oficial, que deve ocorrer até o final deste mês.
O quarteto da Jamaica era formado por Asafa Powell, Michael Frase, Nesta Carter (pego no doping) e Usain Bolt. Com a decisão do TAS, o Japão fica com a prata e Trinidad e Tobago fica com o ouro.



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