sábado, 18 de julho de 2020

Caratéca Machadense Gustavo Furuuti troca o esporte pela medicina

Gustavo com os pais Horácio e Lieda

Gustavo e Horácio

Gustavo e Clayton Dutra no Prudentão 

Gustavo e seu ídolo Renato Franco

Gustavo com a sua mãe Lieda

Gustavo conquistou muitas medalhas em 10 anos

Clayton e Gustavo tio e sobrinhos sempre juntos

Gustavo "privilégio de servir a seleção brasileira por 10 anos"

Gustavo e Clayton sempre presente no esporte

Gustavo "paixão pelo caratê"

Gustavo em 2018 no Marrocos campeão mundial escolar

O Caratéca de Álvares Machado, Gustavo Furuuti, de 18 anos, está trocando o esporte pelos estudos . Essa semana, ele anunciou que passou no vestibular de medicina na Unoeste na cidade de Jaú. O atleta deixa uma carreira de 10 anos marcada por muitas conquistas representando a seleção brasileira.
Sua carreira bem cedo aos 06 anos de idade, com o professor Paulo Villalva Martins em Álvares Machado. Com o passar do tempo, ele buscou em Presidente Prudente novos desafios e representando o município de Piracicaba, Gustavo começa a treinar com o saudoso Renato Franco, que faleceu no dia 30 de outubro de 2014, em um acidente automobilístico.
A partir daí sua carreira simplesmente deslancha para as conquistas. Entre elas, as que mais marcaram foram o título mundial escolar em 2018 no Marrócos; bi-campeão Pan-Americano; Campeão Sul-Americano; Tetracampeão brasileiro; campeão da Copa do Brasil e medalha de bronze no Open de Las Vegas, nos Estados Unidos.
“Na verdade eu parei em 2019, cheguei a prestar o vestibular para o curso de medicina, mas não dei inicio aos estudos, pois estava balançado ainda pelo caratê, pois havia conquistado o bolsa atleta, mas com a morte do Renato Franco, até tentei seguir carreira, mas não me adaptei sem ele ”, contou Furuuti.
Ainda sobre o saudoso técnico, Furuuti fala com muita gratidão e saudades.
“Falar do Renato até me deixa muito emocionado, até porque infelizmente ele nos deixou precocemente. Sei que temos excelentes técnicos no caratê na nossa região, mas ele foi uma pessoa rara nos dias atuais. Me lembro que ele dava a vida para ver o sonho dos seus atletas se realizar, sabe coisa de filme, uma pessoa que nos dias atuais, o dinheiro e a fama é tudo para o ser humano. E olha que o sonho não era nem dele acredito, mas sim de outros pessoas. Por isso não posso reclamar de nada nessa vida. Tenho estrutura familiar, temos o que comer, beber e se vestir, enquanto muitas pessoas passam por necessidades essenciais nesse planeta. E o Renato veio completar esse sonho na minha vida como atleta. Ele conseguia tirar de mim o melhor, conseguia tocar onde ninguém tocava, não foi por dinheiro que ele resolveu me treinar e cuidar da minha carreira, foi porque ele acreditava em mim, no meu sonho. Você não precisa ser muito, basta você acreditar no seu sonho, mais do que isso, ele era um sonhador, que conseguiu ajudar muita gente enquanto esteve aqui”, revelou Gustavo.
Sobre sua família, Gustavo também fala com alegria do carinho dos pais Lieda Furuuti e Horácio Cesar Fernandez (ex-Prefeito de Alvares Machado) e do tio Clayton Dutra, que é arbitro de futebol da Federação Paulista de Futebol e Coordenador de Esportes de Alvares Machado.
"Falar da minha família é um orgulho muito grande. Meus pais sempre me deram muito amor ao longo da minha vida, sempre me dando todo apoio em todos os meus projetos de vida. Admiram muito os dois e é claro também tenho muito orgulho do meu tio o Clayton, que é uma pessoa maravilhosa e um excelente profissional. Eles todos são exemplos de vida pra mim. Só agradeço muito eles e tenho certeza que estarão me apoiando ainda mais a partir de agora nesse novo momento da minha vida", elogiou Gustavo.
Pra quem pensa que o Gustavo só praticou o karatê está enganado. Ele também se diz apaixonado por futsal e chegou a conquistar alguns títulos atuando em Alvares Machado e Presidente Prudente.
“É claro que o caratê foi minha vida por 10 anos de carreira, tive o privilégio de servir a Seleção Brasileira e conquistar muitas coisas, mas quero dizer também que adoro jogar futsal. E foi disputando vários campeonatos aqui em Machado e Prudente que cheguei a conquistar alguns títulos. Também fui tri-campeão da Copa Inter Colonial, pois meu sobrenome é Furuuti”, contou Gustavo.
Outra paixão particular de Gustavo é a musica. Ele fala desse seu lado musical.
“A música é uma segunda paixão que eu tenho, principalmente depois que eu parei com o caratê. É claro que não chega a ser uma paixão tão grande quanto ao caratê, mas adoro tocar violão, cavaco, ai em casa fico tocando pagode, sertanejo. Faço isso como terapia, para esfriar a cabeça. Assim você nunca estará sozinho, principalmente nos momentos difíceis, ai você toca e fica feliz com a musica”, revelou Furuuti.
Sobre fazer o curso de medicina, Gustavo fala que não está fazendo nada forçado, tudo é no tempo de Deus.
“Então fazer medicina é uma nova fase na minha vida. Acredito que Deus sempre está comigo em todos os momentos. Eu nunca imaginei que chegaria por exemplo a seleção brasileira de caratê, e agora passei no vestibular de medicina novamente. No ano passado como disse anteriormente, passei, mas o caratê me deixou meio perdido e sem saber qual decisão tomar, se ficava competindo ou se deixasse de lado o esporte para entrar de vez aos estudos. Fiquei sem foco, mas dai Deus entra com providencia e coloca as coisas na minha vida. Nunca fiz nada forçado, as coisas aconteceram naturalmente, nada por obrigação e sem queimar etapas. E a medicina agora é um novo objetivo, uma nova fase na minha vida que eu quero me apaixonar. Porque nada funciona por obrigação, nem por dinheiro, por status, mas quero me tornar médico para poder ajudar o próximo. É poder ser referência pra alguém que precisa de verdade de você ”, ressaltou Gustavo.
E para fechar, o futuro médico da conselhos para alguém que queira ser um vencedor na vida.
“Um conselho que eu dou pra alguém é nunca fazer algo pensando somente no dinheiro, ou porque o pai ou a mãe quer assim. É claro que temos que ter uma profissão, mas no meu caso eu tinha o caratê que era minha paixão, mas eu não queria isso para minha vida toda. Esporte é gostoso, mas não te dá rentabilidade tão alta, então procure o que te da prazer e renda ao mesmo tempo. Acho que sou muito coração, tanto na escola e na luta. Nunca fui o mais estudioso, mas sempre dei o meu máximo”, finalizou Gustavo Furuuti.



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